Parabéns! Feliz aniversário!

Não quero e nem vou comemorar o dia internacional da fotografia contando como ela foi inventada, mas mostrando imagens que foram super importantes para mim.Fotografias que fizeram com que eu passasse a me interessar pelo assunto 30 anos atrás. Fotógrafos que me ensinaram a pensar imagens. Não se ofendam os que não estão presentes. Todos me ajudam o tempo todo a pensar fotografia, mas decidi escolher aqueles que para mim foram seminais. Ou, como alguns gostam de dizer,: mestres. Aqueles que muito antes que eu pensasse em me dedicar à fotografia, já tocavam meu coração. O ano? Final dos anos 1970.

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 Hugo Pellis (1882-1943) especialista em literatura e fotógrafo. Fotógrafo friulano,(região nordeste da Itália, cuja capital é Udine) iniciou a fotografar depois da primeira guerra mundial e quis fazer um levantamento antropológico do homem pós-guerra.

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Tina Modotti  (1896-1942) – assim como Hugo Pellis, fotógrafa friulana. Revolucionária, socialista, foi morar no México em 1922 e abraçou a casa dos campesinos.  Fotografou apenas sete anos. Mas deixou uma forte marca na fotografia mundial. Morreu jovem, aos 42 anos.

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Eugene Atget (1856-1927) fotógrafo francês que dispensa apresentações. Ele nos ensinou a olhar.

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Andrè Kertezs (1894-1985), fotógrafo hungaro, criador do conceito do momento decisivo,  nos trouxe o estranhamento do olhar.

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Robert Capa (1913-1954), nada a declarar.

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Edourd Boubat, (1923-1999), o meu preferido.

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Martin Chambi, peruano, pelo que sabe foi o primeiro fotógrafo indigena da América Latina. Simplesmente imperdível.

 

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Manoel Álvares Bravo (1902-2002), fotógrafo mexicano. Quando os surrealistas quiseram cooptá-lo para o movimento, sua reposta foi: “eu não sou surrealista. Surrealista é o México”. D. Manuel, e basta!

Em agradecimento ao meu tio, Manlio Michelutti, que me apresentou muitos fotógrafos!

24 comentários em “Parabéns! Feliz aniversário!

  1. Caramba, Simonetta, finíssimas referências! E a frase de Manuel Álvares Bravo é uma delícia!
    Hugo Pellis eu não conhecia e fiquei bem curioso para saber mais. Esse período do entreguerras revelou muito das profundezas do homem e documentado por um fotógrafo capaz de ter lhe tocado deve ser uma beleza!
    Tina Modotti também é uma das minhas preferidas, muito pela coragem, ousadia, desprendimento e entrega, que fatalmente acabaram refletindo por toda sua fotografia. De uma sensualidade danada, ao mesmo tempo que era de um engajamento singular. Como disseram depois, hay que endurecer pero sin perder la ternura jamás!

  2. Prezada Simonetta,

    Olhei cada imagem. As que conhecia, ótimo rever. As outras que não, por pura ignorância minha, prazer saber que existem e poder ter a possibilidade de ver aqui.

    Voltei para ver mais uma vez. E outra. E hoje.

    Fiquei pensando que aos olhos faz muito bem ver boas imagens e como é bom e rico o mundo pós web. Você trouxe para quem quiser acessar, autores que são – referências.

    Espero saber aproveitar “a leitura” das imagens postadas. Afinal, acho que fotografar é um compromisso sério. Quando colocamos o dedo no “gatilho”, contamos alguma coisa. Precisamos pensar sobre que história queremos contar.

    Obrigada pela história em imagens que você contou.

    Abraço, Ines

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