É a busca de uma nova visão, um olhar que se distancia do registro, que tem uma força comunicacional extrema. Uma imagem sintética que desconcerta. Embora construcionista o olhar de Ródtchenko desconstrói nossas certezas, nossas formas de olhar.
Pela primeira vez no Brasil, uma retrospectiva de seu trabalho é apresentada. Primeiramente no Rio de Janeiro, no Instituto Moreira Salles e no ano que vem, em fevereiro, será a vez de São Paulo, na Pinacoteca do Estado.
São 300 obras entre fotografias, fotocolagens, capas de livros, que resumem os 30 anos de atividade intensa do autor. A seleção das imagens foi organizada pela Moscow House of Photography e com curadoria de Olga Svíblova (diretora do Museu).
Os anos em que Ródtchenko inicia a fotografar (1924) correspondem na Europa a época das vanguardas artísticas quando todos os cânones de representação começam a ser questionados e derrubados. Mas na entrada da década de 1920 encontramos revoluções que vão além da estética artísticas e se colocam como verdadeiras revoluções culturais, caso do surrealismo e das experimentações da Bauhaus. Não podemos esquecer também que nesta época, a Revolução Russa não havia completado dez anos e era necessário criar até imageticamente toda uma nova representação.
Aleksandr Ródtchenko (1891-1956) foi um dos grandes inovadores da arte de vanguarda do século XX. Aclamado internacionalmente como pintor, escultor e designer gráfico, Ródtchenko iniciou-se na fotografia na década de 1920. “Em 1924, a fotografia foi invadida por ele com o slogan ‘Nosso dever é experimentar’ firmado no centro de sua estética. O resultado dessa invasão foi uma mudança fundamental nas ideias sobre a natureza da fotografia e o papel do fotógrafo”, explica a curadora Olga Svíblova, diretora da Moscow House of Photography. Ródtchenko aliou a experimentação formal a preocupações documentais sobre a vida política e social da União Soviética em seu período inaugural, dos anos de Lenin até o regime repressor iniciado por Stalin (que o colocou no ostracismo nos seus últimos 20 anos de vida). “Ele introduziu a ideologia construtivista na fotografia e desenvolveu métodos e instrumentos para aplicá-las”, completa Olga.
Exposição Aleksandr Ródtchenko: revolução na fotografiaos
Exposição: de 5 de novembro de 2010 a 6 de fevereiro de 2011
De terça a sexta, das 13h às 20h
Sábados, domingos e feriados, das 11h às 20h
Entrada franca
Classificação livre
De terça a sexta, às 17h, visita guiada pelas exposições. Ponto de encontro na recepção.
Visitas monitoradas para escolas: agendar pelo telefone (21) 3284-7400.
Acho q eu vou pro RJ, fevereiro demora muito =P
ps: aliás….belo header pro blog não? ;o)
Pois é Flavita, demora!
Quem sabe não fazemos uma caravana para o Rio. Mas eu, particularmente, prefiro esperar em SP.
Que bom que você gostou do header…..
Bjs
Simonetta
Simonetta, esta notícia vem numa hora oportuna, já que meu mestrado na Unicamp é uma análise da estética de Rodchenko.
Fazia muito tempo que não vinha uma boa exposição com a obra dele.
E quanto ir pro Rio, ano passado eu fui para ver a exposição Virada Russa, antes de saber que viria para cá, e confesso que a montagem lá foi muito susperior a daqui. Muito por conta do espaço de sobra do CCBB-RJ. Ficou tudo interligado num unico andar.
Desta vez, prefiro esperar, ainda mais que será na Pinacoteca, que não terá o mesmo “problema” que o CCBB teve, além de ter um cafezinho muito gostoso ali no jardim. 😉
Que bom Murilo,
fico feliz em saber que você está no mestrado e fazendo este trabalho! Muito legal!
Então, eu também vou esperar….
Abraços
Simonetta
O Blog tá pegando fogo! Muito lindo!bjos
haahahaha! Agora vai!
Bjs
Simonetta incendiária? Imagina…hehehehehe…
Sobre Rodtchenko, não tem nem o que dizer. Sempre uma delícia rever um pouco da vanguarda russa!
Amei conhecer um pouco da história deste mestre…fascinante, intrigante…reverberador em minhas entranhas, em minha mente.
Obrigado e parabéns
Humberto
e no sábado a retrospectiva estará em São Paulo.
enfim!…